domingo, 21 de fevereiro de 2010

Munch e o Cinema


Obras inéditas de Munch na Pinacoteca de Paris

por PASCALE MOLLARD-CHENEBENOIT, J

Exposição 'Munch ou o anti-Grito' mostra mais de 175 obras, muitas delas nunca expostas, e a forte influência do cinema no pintor.

É inútil esperar ver O Grito, o quadro mais conhecido do pintor norueguês Edvard Munch, na exposição que lhe consagra a Pinacoteca de Paris até dia 18 de Julho, e cujo fim é, precisamente, mostrar numerosas obras suas nunca vistas pelo público.

De onde, o título um pouco alambicado da exposição, Munch ou o Anti-Grito. "Queremos mostrar mesmo o outro Munch", disse o comissário da mostra, o austríaco Dieter Buchhart, especialista na obra do pintor.

O quadro O Grito, do qual há várias versões, corresponde a um "momento de angústia vivido num momento específico" pelo pintor, considera Marco Restellini, director da Pinacoteca.

Munch (1863-1944) contou como, quando uma vez estava a passear, teve a sensação de que o céu estava a ficar cor de sangue, enquanto ouvia uma espécie de grito infinito. "Mas no conjunto da sua obra, Munch não vive no delírio. É um pintor de vanguarda, que usa a fotografia, a cinética, o cinema", sublinha Restellini.

Mais de 175 obras, entra as quais 50 óleos e numerosas gravuras passam em revista cronologicamente a obra do pintor, A maioria provém de colecções privadas (México, EUA, Europa). É uma oportunidade para ver peças raramente mostradas. Um quarto delas nunca sequer foi exibida, segundo Dieter Buchhart.

A exposição revela ainda até que ponto a perspectiva da câmara, as poses e a narração fílmica irrigaram a pintura de Munch.

|Fonte: DN

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