quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Salt

terça-feira, 25 de maio de 2010

Os Condenados de Shawshank




Realizador: Frank Darabont
Ano: 1994.

Elenco:
Tim Robbins ...............Andy Dufresne
Morgan Freeman .......Ellis Boyd 'Red' Redding
Bob Gunton .................Director Norton
William Sadler .............Heywood
Clancy Brown ..............Captitão Hadley
Gil Bellows ...................Tommy
Mark Rolston ...............Bogs Diamond
James Whitmore .........Brooks Hatlen
Jeffrey DeMunn ..........1946 D.A.
Larry Brandenburg ... Skeet
Neil Giuntoli .................Jigger
Brian Libby ... ..............Floyd
David Proval ................Snooze
Joseph Ragno ...............Ernie
Jude Ciccolella .............Guarda Mert

IMDB


SINOPSE
Com sete nomeações para os Óscares de Hollywood, incluindo as de Melhor Filme e de Melhor Actor (Morgan Freeman), "The Shawshank Redemption", entitulado em português "Os Condenados de Shawshank" não é exclusivamente mais uma adaptação para o cinema de um romance de Stephen King. É seguramente a melhor das adaptações feitas tendo por base um romance deste autênctico fazedor de êxitos cinematográficos, o que terá levado a Academia a decidir considerar este como um dos cinco melhores argumentos do ano.
Tim Robbins e Morgan Freeman formam em "Os Condenados de Shawshank" uma dupla de peso numa prisão de alta segurança que reúne os maiores delinquentes dos Estados Unidos. Tim Robbins, um inocente condenado por homicídio, era aparentemente o "parvo" que estaria sujeito a todas as investidas dos principais grupos de presos. Mas com algumas técnicas e com muita preseverança ele vai conseguir um lugar importante na escala hierárquica dos presos e da própria prisão. Entre silêncios e sussurros, gritos e situações de horror a vivência desta comunidade de presos é traçada em "Os Condenados de Shawshank" de uma forma sensível e com alguns toques de humor transformando este filme numa grande obra cinematográfica do ano.
http://www.dvdpt.com/o/os_condenados_de_shawshank.php

terça-feira, 11 de maio de 2010

Freud: além da alma

Título original: "Freud: the secret passion"
Ano: 1962.
Realizador: Jonh Huston.
Elenco:
Montgomery Clift ... Sigmund Freud
Susannah York ... Cecily Koertner
Larry Parks ... Dr. Joseph Breuer
Susan Kohner ... Martha Freud
Eileen Herlie ... Frau Ida Koertner
Fernand Ledoux ... Dr. Charcot
David McCallum ... Carl von Schlossen
Rosalie Crutchley ... Frau Freud
David Kossoff ... Jacob Freud
Joseph Fürst ... Herr Jacob Koertner
Alexander Mango ... Babinsky
Leonard Sachs ... Brouhardier
Eric Portman ... Dr. Theodore Meynert

John Huston ... Narrator (voice)
Victor Beaumont ... Dr. Guber
Fonte:www.imdb.com


Fime :















































































domingo, 21 de fevereiro de 2010

Munch e o Cinema


Obras inéditas de Munch na Pinacoteca de Paris

por PASCALE MOLLARD-CHENEBENOIT, J

Exposição 'Munch ou o anti-Grito' mostra mais de 175 obras, muitas delas nunca expostas, e a forte influência do cinema no pintor.

É inútil esperar ver O Grito, o quadro mais conhecido do pintor norueguês Edvard Munch, na exposição que lhe consagra a Pinacoteca de Paris até dia 18 de Julho, e cujo fim é, precisamente, mostrar numerosas obras suas nunca vistas pelo público.

De onde, o título um pouco alambicado da exposição, Munch ou o Anti-Grito. "Queremos mostrar mesmo o outro Munch", disse o comissário da mostra, o austríaco Dieter Buchhart, especialista na obra do pintor.

O quadro O Grito, do qual há várias versões, corresponde a um "momento de angústia vivido num momento específico" pelo pintor, considera Marco Restellini, director da Pinacoteca.

Munch (1863-1944) contou como, quando uma vez estava a passear, teve a sensação de que o céu estava a ficar cor de sangue, enquanto ouvia uma espécie de grito infinito. "Mas no conjunto da sua obra, Munch não vive no delírio. É um pintor de vanguarda, que usa a fotografia, a cinética, o cinema", sublinha Restellini.

Mais de 175 obras, entra as quais 50 óleos e numerosas gravuras passam em revista cronologicamente a obra do pintor, A maioria provém de colecções privadas (México, EUA, Europa). É uma oportunidade para ver peças raramente mostradas. Um quarto delas nunca sequer foi exibida, segundo Dieter Buchhart.

A exposição revela ainda até que ponto a perspectiva da câmara, as poses e a narração fílmica irrigaram a pintura de Munch.

|Fonte: DN

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Guernica - Alain Resnais





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Ficha Técnica:

Realizadores:
Robert Hessens
Alain Resnais - Filmografia IMDB

Argumentista:
Paulo Éluard (Poema)

Ano: 1950
IMDB

Hiroshima Meu Amor

"Tu n'as rien vu a Hiroshima!"

Este é um dos melhores filmes de sempre. Com um argumento fabuloso de Marguerite Duras, envolve o espectador num clima de nostalgia e de exploração da intimidade da personagem feminina, interpretada por Emmanuelle Riva que acaba por ser um mergulho de chofre nas contradições da alma humana.
Um factor que nos induz à estranheza é o facto das personagens não revelarem o seu nome, acabando por assumir, no fim do filme, o nome das suas cidades natais. Cidades muito afastadas no tempo e no espaço, mas onde cada um dos dois amantes foi vítima dum cataclismo avassalador: ele (interpretado por Eiji Okada) quando regressou da guerra encontrou Hiroshima destruída pela primeira bomba nuclear usada na História numa situação real, uma cidade pulverizada que sepultou toda a sua família. Ela, natural da cidade de Nevers, viveu aí, aos 18 anos, um romance com um soldado alemão que morreu nos seus braços, vítima dum tiro oportunista no dia em que a cidade estava a ser libertada pelos aliados. A festa da libertação veio descobrir a condição trágica dos amantes que em tempo de guerra preferiram o amor ao ódio e acreditaram num mundo onde a paz poderia ser possível, para além das dilacerações políticas, étnicas, históricas, dum mundo em convulsão que nunca mais voltaria a ser o mesmo.
Morto o seu amante, a jovem cai nas mãos duma população sedenta de vingança que encontra nas mulheres que dormiram com o inimigo um bode expiatório mesmo à mão de semear.
E dá-se a queda na loucura, a reclusão numa cave imunda, até que a razão pudesse emergir de novo e, com ela, o regresso da rapariga à vida. Depois, a fuga para Paris para se refugiar no esquecimento da sua identidade esmagada pelo amor, pelo ódio, pela morte. Chega a Paris no dia em que Hiroshima é devastada pelo terror nuclear. Apesar disso a destruição de Hiroshima é vivida à distância como uma promessa de Paz, como o fim da guerra e a possibilidade dum recomeço.
A grande intensidade do filme resulta em parte do facto da acção se passar num período muito curto, de cerca de 24 horas, o que nos aproxima da tragédia clássica. Dois desconhecidos encontram-se e vivem uma relação intensíssima, condenada à efemeridade, porque ambos são casados e não querem, ou não podem, romper com as suas vidas. No fundo é como se situassem no começo do mundo, ao ponto de se assumirem como personagens de um drama universal, ele reconhece-se no soldado alemão morto, ela assume-os como o mesmo Amante, o Amante Eterno, para quem não há nascimento nem morte, ou, dito de outra forma, em função do qual os nascimentos e as mortes se sucedem como vagas insubmissas do Esquecimento. Porque a memória, mesmo a mais funda e excelsa reminiscência, é sempre uma traição, um querer mais que bem querer.
E no centro de tudo, Hiroshima. Reduzida à ubiquidade, presente em ausência e impossibilidade de redenção, nas margens do Loire, onde a luz é mais doce, porque pertence à infância e à adolescência da mulher abissal, a mulher impossuível que, em 24 horas transborda as margens do rio Ota, cujo caudal de posterioridade se junta ao caudal do Loire da anterioridade impreterível ,para submergir o mundo.
E o espectador não sai imune deste filme porque é as suas vísceras que Marguerite Duras expõe num dos textos mais duros e mais belos que o cinema conheceu até hoje. E no fim deste exercício de esplancnomancia ou nos descobrimos vivos nos interstícios da morte, da separação e da memória, ou nos desconhecemos mortos e a vida continua como sempre. Seja como for o nosso nome não é auto-referencial, é sempre um indício de estranhamento.
Poucos filmes nos colocam nessa situação.
Embora alguns tenham revisitado a ambiência escatológica (reveladora) de Hiroshima, ficaram-lhe sempre na periferia, como nas duas obras de Richard Linklater Before Sunset (2004) e Before Sunrise (1995), nas quais uma dupla de actores, Ethan Hawke e Julie Delpy, procura reencarnar o par dramático de Hiroshima, meu amor, mas um história eterna só se (re)vive/encena uma vez. Mas Before Sunrise vale bem por si. O que já não é mau.
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(Para ver todo o filme basta ir clicando nas partes seguintes).


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Anticristo, de Lars Von Trier


A estética contra a ética no novo filme de Lars Von Trier



Lars Von Trier é, possivelmente, o mais perverso realizador da História do Cinema. Não tem ética nem escrúpulos, é moralmente repugnante. Absolutamente odioso. Contudo, genial. É esse génio maléfico que faz com que o odiemos tanto sem que consigamos deixar de gostar dele. Se tudo isto se aplica a Ondas de Paixão, Os Idiotas e Manderlay, o que dizer de Anticristo, o primeiro filme catalogado no género de terror? Pois, poupem as vossas mentes sãs e não vão ver este filme. Contudo, não deixem de o fazer, pois é uma experiência totalmente nova de cinema (ainda que plausivelmente traumática) sem recurso à tridimensionalidade. Por mais que nos irrite, o que Lars Von Trier não tem de ético, tem de estético. E, nos últimos anos, nenhum outro realizador assumiu um papel tão preponderante e consistente de reinvenção do cinema (Trier mistura o ecletismo de Kubrick com os ambientes de Lynch ou Cronenberg e uma mão cheia de contextos que o próprio inventou), sem nunca perder a sua voz, ou as suas vozes. O exemplo máximo do contraste criminoso entre o vislumbre estético e a negligência ética é o prelúdio do filme, numa estilização absoluta, em que filma a morte de uma criança, com uma banda sonora de conto de fadas, numa aberrante crueldade para as personagens e para os espectadores. Isto na tentativa convicta de incidir a culpa, conceito dominante no seu imaginário, assim como o de castigo.

A partir da morte do filho, Trier desenvolve uma obra de terror psicológico, em que o marido/pai/psicólogo assume o tratamento da sua mulher. Há uma perscrutação dos medos, que faz pouco sentido atendendo à evidência da situação traumática, que leva o casal à Floresta de Éden, o jardim proibido, onde se escondem os três pedintes: dor, desespero e luto. A natureza é a Igreja de Satanás, e a trama precipita-se para a loucura. Não é um filme de sustos, mas tem algumas das imagens mais horrendas que já vi em sala.

Entre as ousadias formais está o elenco minimal. Anticristo é uma peça para dois actores e três animais selvagens. Os actores são extraordinários no talento, mas estranhos de feições, mesmo ao gosto do realizador dinamarquês. O trabalho de Willem Defoe e Charlote Gainsbourgh é verdadeiramente notável, aguentam quase duas horas de filme, em que pouco mais existe senão eles próprios, em interpretações visceralmente contidas.

A determinada o filme encaminha-se para uma irónica e cruel paródia à psicologia, e essa leitura subsiste, quando ela diz: "Tive um sonho estranho, mas os sonhos já não interessam nada à psicologia moderna, pois não?" É caso para dizer: Freud morreu, o Lars Von Trier é louco e eu já não me estou a sentir muito bem.

|Fonte: Manuel Halpern, Visão
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